terça-feira, 28 de julho de 2009

Caneta Esferiografica e 60 Anos da BIC


Bom nesses tempos de blogs... e-mails e toda modernidade... nada como dar uma olhadinha na história da caneta esfereográfica e também conhecer um pouco da história da melhor caneta de todos os tempos... a BIC...

Canetas esferográficas ou esferográficas são um tipo de caneta cuja tinta umedece uma esfera rolante que desliza sobre as superfícies.

Na evolução da caneta, o uso de uma esfera na ponta possibilitou um avanço que popularizou o uso deste instrumento de escrita, ao tempo em que substituía com vantagem a caneta-tinteiro.
É composta de uma carga de tinta colocada internamente a um tubo (ou cano), em geral de plástico, sendo a ponta dotada da esfera, que pode ser em aço ou tungstênio, que em contato com o papel vem a girar e, assim, possibilitando o fluxo contínuo e controlado da tinta em pequenas quantidades.

Além das partes descritas, possui uma tampa, que pode ser ou não dotada de clipe para que venha a ser presa em bolsos ou mesmo em espirais de cadernos.

O conceito de uma caneta esferográfica remonta à patente registrada por John J. Loud em 30 de Outubro de 1888. Tratava-se de um produto destinado a marcar couros e não foi explorado comercialmente.

Posteriormente, o jornalista húngaro Laszlo Biro inventou a primeira caneta esferográfica, na década de 1930. Ele havia percebido que o tipo de tinta utilizada na impressão de jornais secava rapidamente, deixando o papel seco e livre de borrões. Imaginou então criar uma caneta utilizando o mesmo tipo de tinta. Entretanto, a tinta, espessa, não fluia de maneira regular e ele teve de projetar um novo tipo de ponta para a sua caneta. Conseguiu-o através da montagem de uma pequena esfera nessa ponta. A inovação era prática: enquanto a caneta corria pelo documento, a esfera girava no interior do bico, coletando a tinta do cartucho e depositando-a sobre o papel; complementarmente, vedava o reservatório, impedido que a tinta secasse (provocando entupimento da caneta) ou vazasse. Laszlo Biro e seu irmão Georg (um químico), entraram com um pedido de patente da sua caneta esferográfica em seu país natal, a Hungria, na França e na Suíça em 1938.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, para fugir às perseguições nazistas em seu país, Laszlo e Georg tiveram que deixar a Hungria e receberam a patente em Paris. Tendo Laszlo encontrado-se ainda em 1938, com um Argentino na Iugoslávia, tendo este ficado impressionado com a invenção, convidou-o a radicar-se naquele país sul-americano. Quando instado, o estranho apresentou-se como Agustín Pedro Justo, Presidente da Argentina. Recém-chegados ao país com a ajuda de um amigo chamado Meyne, os irmãos fundaram a companhia "Biro y Meyne" em 10 de Junho de 1940, requerendo uma patente argentina em 10 de junho de 1943.

Durante a Guerra, o Governo britânico adquiriu os direitos de licenciamento desta patente dentro do chamado "esforço de guerra". A Royal Air Force necessitava de um novo tipo de caneta, que não permitisse o escapamento de tinta em altitudes, nos aviões de caça, como as canetas-tinteiro (tinta-permanente). O bom desempenho das novas canetas para a RAF trouxe sucesso ao inventor e ao seu produto.

Em 1944 Laszlo Biro vendeu a patente do seu invento para o norte-americano Eversharp-Faber pela quantia de dois milhões de dólares, e, na Europa, ao francês Marcel Bich.
Nos Estados Unidos, a primeira caneta esferográfica a ser produzida comercialmente, que substituiria a caneta-tinteiro com sucesso, foi apresentada por Milton Reynolds, em 1945. Também se baseava em uma pequena esfera que liberava uma tinta pesada e gelatinosa sobre o papel. As canetas Reynolds foram divulgadas à época como "a primeira caneta que escreve debaixo d'água", tendo sido vendidas dez mil unidades quando de seu lançamento. A marca era impressionante, uma vez que cada unidade custava cerca de US$ 10, custo devido, principalmente à nova tecnologia.

Na Europa, as primeiras canetas esferográficas acessíveis foram produzidas em 1945, por Marcel Bich, cujo mérito foi o do desenvolvimento de um processo industrial de fabricação que reduzia significativamente o custo das canetas por unidade. Em 1949, essas canetas foram lançadas comercialmente sob o nome "Bic", uma abreviação do seu sobrenome, e que era fácil de lembrar pelo público. Dez anos mais tarde, as primeiras canetas "Bic" eram lançadas no mercado norte-americano.

A princípio os consumidores norte-americanos relutaram em comprar uma caneta "Bic", já outras modelos de canetas esferográficas haviam sido lançadas sem sucesso no mercado dos EUA por outros fabricantes. Para vencer essa relutância do público, a "Bic" veiculou uma campanha em rede nacional de televisão para informar que a caneta esferográfica "escreve logo de cara, sempre!" e que seu preço era de apenas US$ 0,29. A "Bic" também veiculou anúncios televisivos que mostravam as suas esferográficas canetas sendo disparadas de espingardas, amarradas a patins de gelo e até montadas sobre britadeiras. Após um ano, a concorrência forçou a queda dos preços para US$ 0,10 por unidade. Atualmente a empresa fabrica milhões de canetas esferográficas por dia, atendendo todo o planeta.

fonte: wikipedia

E para quem gosta de teorias da conspiração da uma olhada nesse link:
http://www.sungaverde.com/v2/?p=1223
P.S - amanhã a história do papel

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